Li hoje num jornal diário que a Associação Franco-Portuguesa da Defesa dos Doentes em Portugal, Associação essa composta por emigrantes, se manifestou em Paris.
João Cunha, presidente dessa Associação, declarou que "em Portugal o sistema de saúde é mau. Os médicos não comunicam com os doentes, não lhes dão informação e não os escutam. Não são humanos."
Este senhor pode ter muitas razões de queixa de tudo, mas não tem razão naquilo que afirma. Mais, estou convicto que João Cunha não está a falar dos médicos portugueses e comprovo isso mesmo por a+b ao longo deste ano.
A manifestação agora ocorrida em Paris e a próxima que está programada para Bordéus só revelam ignorância e pretensiosismo, para além de transmitirem uma imagem lá fora que não é verdade.
Claro que somos. José Luís Datena revelou no seu programa policial "Brasil urgente" que passa na TV Bandeirantes no Brasil, que todos os problemas actuais que o Brasil atravessa são culpa dos portugueses.
Tem toda a razão.
Os portugueses são não só os responsáveis pelos problemas do Brasil mas também pelos problemas do Líbano, do Paquistão, dos tsunamis, etc., etc..
Isto mesmo não mereceria destaque se fosse a primeira vez. Mas não, não é a primeira vez que este senhor produz comentários descabidos sobre os portugueses.
Mas claro, no dia em que aterrar na Portela, Faro, Pedras Rubras ou outro qualquer, vai dizer que esta viagem foi a que sempre quiz fazer, que tinha muitos desejos de conhecer o país irmão e os seus antepassados lusos e outras patacoadas que tais.
Vamos à justiça. Há poucos dias li alguns comentários menos abonatórios produzidos, tanto quanto me lembro, por três magistrados onde estes teciam duras críticas não só ao pacto para a justiça, bem como ao próprio ministro e ao sistema governativo para a justiça.
Pois bem, hoje comemora-se Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e eu lembrei-me que um magistrado decidiu enviar para casa a aguardar julgamento um casal que sequestrou e violou durante 45 horas uma deficiente.
Será que esta decisão também teve fundamento no pacto da justiça.
Talvez fosse interessante que os juízes antes de criticarem olhassem para algumas sentenças.
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