terça-feira, 12 de dezembro de 2006

O prometido é devido. Ontem disse que ia falar sobre a crónica de Paulo Portas, onde este tece comparações entre os políticos portugueses e os espanhois, e é isso que vou fazer.
O referido artigo tem por título "O valor da peseta" e vem publicado na última página da revista Tabu, n.º 13 de 8 de Dezembro de 2006. Para quem não saiba esta revista acompanha o semanário "Sol", o tal que o arquitecto Saraiva criou para destronar o "Expresso", mas que pelos vistos não está a dar resultado, até porque o "Sol" mais parece o "Povo Livre" do que um semanário de referência. Até este momento só tem servido para dar a conhecer as teorias sexuais de Margarida Rebelo Pinto.
Mas voltemos ao artigo em si.
Nele Paulo Portas estabelece comparações deveras interessantes.
Na primeira diz que Franco foi melhor do que Salazar. Para mim entre um e outro venha o dabo e escolha.
Na segunda diz que Juan Carlos não tem comparação com Vasco Gonçalves. É uma comparação que não tem lógica sequer e que por ser tão absurda nem merece comentário.
Na terceira afirma que Felipe González foi melhor que Mário Soares e Guterres. Talvez partilhe da mesma opinião quanto ao segundo, porque relativamente ao primeiro terá de ser uma análise mais cuidada, porquanto os dois foram preponderantes no momento e os dois cometeram erros.
Na quarta acentua que Aznar foi melhor do que Cavaco e Durão. Sobre esta quarta comparação apraz-me salientar que estou de pleno acordo mas, existe sempre um mas, esta comparação não foi feita com total seriedade.
Paulo Portas esqueceu-se de dois pequenos pormenores.
O primeiro é que Aznar foi melhor do que Cavaco, Durão e Pedro Santana Lopes, é importante não esquecer que Santana Lopes tem de entrar nesta lista, tentem ou não branquear o seu período governativo ele existiu.
O segundo pormenor é que Portas foi vice-primeiro ministro, porquanto Durão fez uma coligação governativa com Portas, coligação que impôs a Santana.
Quer isto dizer que a quarta comparação está muito ligeira, porquanto ela deveria ser assim: Aznar foi melhor que Cavaco e que as duplas Durão/Portas e Santana/Portas.
Eu sempre ouvi um ditado que dizia que quem conta consigo é burro, mas neste caso nada disso estava em causa, o que estava em causa é a ombridade que neste caso falhou retundamente.
Pasmem. Os bancos a operar em Portugal tiveram um lucro diário de 6,6 milhões de euros nos primeiros 181 dias do ano. De acordo com os dados revelados pelo Boletim Informativo da Associação Portuguesa de Bancos (APB) referentes ao primeiro semestre de 2006, o resultado líquido da Banca ascendeu aos 1,2 mil milhões de euros. A maioria dos lucros decorreu de juros e de comissões sobre serviços.
Talvez estes números sirvam para refrear as ameaças produzidas por João Salgueiro.

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade