sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

A propósito da co-incineração em Souselas. A postura municipal de trânsito aprovada pela Câmara de Coimbra que proíbe e condiciona o transporte de resíduos perigosos na freguesia de Souselas originou um debate com frases deveras interessantes
Vassalo de Abreu, deputado municipal do PS, declarou “Impedimentos deste tipo dão uma imagem de Coimbra que não é aquela que eu gostaria: uma imagem paroquial, provinciana e feudal”.
Manuel Lopes Porto, deputado municipal do PSD e actual presidente da assembleia municipal protestou, dizendo “Prefiro que me digam que sou provinciano ou paroquial a que um dia me digam que eu não defendi a saúde dos meus filhos. Isso é que é intolerável”.
E enquanto eles vão dizendo isto, eu digo - e sei bem do que falo -, que nenhum deles, e podemos incluir o presidente da Câmara e mais alguns elementos dos vários partidos, se importou, importa ou importará com as freguesias que circundam ou compõem Coimbra e que tudo isto não passa de um mero jogo de palavras.
É triste, mas é a realidade.

Apetece pedir a pena de morte cada vez que somos confrontados com energúmenos que espancam, violam, assassinam seres indefesos.
Vem isto a propósito de mais uma bebé que faleceu e ao que parece após ter sido espancada por uma senhora que só recebeu o nome de mãe porque deu à luz.
É difícil para nós, comuns mortais, compreender o que leva uma mãe a espancar uma filha, provocando-lhe a morte e sou de opinião que não possuímos moldura penal adequada a este tipo de crimes. 25 anos é manifestamente muito pouco e pouco me importa se as novas correntes defendem molduras penais ainda menores ou se a não intenção conta. Para mim é pena exemplar e mais nada.
Mas o caso da pequena Sara não pode ficar por aqui, porque trilha outros caminhos, caminhos esses que não são virgens em casos destes: estou a referir-me às Comissões de Protecção de Menores.
A pequena Sara já tinha sido referenciada na Comissão de Protecção de Menores de Viseu, Comissão essa que diagnosticou deficiente alimentação e cuidados de higiene, mas não diagnosticou mais nada, o que não é de admirar, tendo em conta que se trata da mesma Comissão que não percebeu que a Fátima Letícia, durante um mês e meio de vida, foi esmurrada e esbofeteada pelo pai, que também usou vários objectos – como martelos e tábuas de madeira – para a maltratar, deixando-a marcada por todo o corpo e que sempre que chorava o pai gritava-lhe para que se calasse, enquanto lhe enfiava os dedos na boca deixando-a engasgada e impossibilitada de chorar durante segundos, isto tudo para além dos abusos sexuais, sendo que tudo isto acontecia na presença e com a conivência da mãe.
Ora se a dita Comissão não viu isto numa bebé de mês e meio ia agora ver numa bebé de dois anos?
E a Comissão de Protecção de Menores de Monção que foi alertada pela sua congénere de Viseu, como e quando actuou? Quais foram as consequências das queixas apresentadas pela educadora?
Fez bem o sr. ministro em avançar com a investigação aos vários organismos deste caso e fez bem em retirar os irmãos da bebé falecida no imediato, mas tem que também fazer bem e apertar com quem se permite ao desleixo e que tem somente como resposta: nunca imaginámos que a situação caminhasse para esta tragédia.
Mas a função deles é agir e não imaginar.

Já temos o nosso YouTube. O portal Sapo lançou um novo serviço: o Sapo Vídeos (http://videos.sapo.pt). Trata-se de um ‘site’ de partilha de vídeos na internet semelhante ao YouTube. Este projecto arranca com 15 mil filmes que poderão ser vistos gratuitamente em qualquer parte do Mundo.

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