segunda-feira, 3 de março de 2008

Cantata de paz


Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças

D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados

Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.



Comecei o meu post de hoje com o poema Cantata de Paz de Sophia de Mello Breyner. E este começo tem duas razões.
A primeira porque é urgente paz. A segunda porque lemos e não podemos ignorar o absurdo, a hipocrisia, eu sei lá mais o quê.
A notícia está inserta no DN de hoje na pág. 27 e tem o seguinte título: "Israel analisa legalidade para atacar áreas civis".
A notícia explica que o ministro da Defesa israelita, Barak, ia reunir-se com especialistas em questões jurídicas para verificar se o exército e a força aérea podem legalmente visar áreas densamente povoadas por civis e de onde são disparados os rockets contra o Sul de Israel.
Mas qual legalidade qual quê? Parecem mentecaptos.
Claro que é preciso terminar de vez com a história dos rockets, mas atenção, e sabendo nós que uma vida que seja é uma perda irreparável, uma coisa é um dos vários foguetes disparados pelo Hamas contra a cidade de Sdérot matar um isrelita, a 14.ª vítima destes ataques nos últimos sete anos e a primeira desde Junho do ano passado e outra coisa é a operação de retaliação desta morte ter provocado 100 mortos e 300 feridos.
Deixo-vos uns mapas para poderem apreciar a legalidade destes senhores.

A Palestina no tempo do domínio britânico


A Palestina já após a formação de Israel. Importa ver Gaza

Um esquema de com a Palestina foi perdendo território

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