sábado, 15 de março de 2008

Com tanto para fazer. O deputado socialista Renato Sampaio achou por bem apresentar um projecto de lei que tem como finalidade regulamentar as condições das casas que colocam brincos, piercings e tatuagens.
Penso ser uma medida acertada, por quanto é do conhecimento público que existe por aí muito estabelecimento sem o mínimo de condições para praticar tal acto.
Mas aproveitar para proibir a colocação de piercings na língua a todos os cidadãos, para além de que aos menores de 18 anos, é mesmo proibida a colocação de quaisquer piercings, tatuagens e maquilhagem permanente, mesmo com o consentimento dos pais, penso que é ir longe de mais. Penso que é mesmo entrar no campo das liberdades de cada um.
Não podemos dizer a propósito do aborto que cada um é dono do seu corpo e nos piercings e tatuagens isso deixa de ser verdade.

Li a entrevista de Abel Pinheiro ao Expresso e fiquei preocupado. Perante as escutas reitera tudo e diz que voltaria a fazer o mesmo e que tem a certeza de que não vai ser pronunciado, sendo que infelizmente também é o que eu penso que vai acontecer, mas eu por razões diferentes das dele.
Para além do que anteriormente fica dito, há outra coisa que me preocupa e não é a história dos mil contos, que isso são trocos.
O que me preocupa foi a resposta à questão "O que vai fazer daqui para a frente". A resposta de Abel Pinheiro é tão só esta: "No dia das buscas, o juiz disse-me que eu tinha premonição política. Até almoçamos lá, e o juiz ficou a dever-me 8 euros. Tenho sede de viver, gosto de compreender como são as pessoas. Eu nunca processei nenhum jornal ou televisão por violação do segredo de justiça. Nunca me ouvirão uma crítica ao poder judicial".
Preocupa-me a mim e dee certeza a muitos outros, sendo que fico à espera do comunicado sobre isto do Conselho Superior da Magistratura.

Deixo aqui alguns textos referentes a esta matéria e a outras:
Sindicato dos Magistrados do Ministério Público;
Sindicato dos Magistrados do Ministério Público;
Grão Pará;
Grão Pará;
Abel Pinheiro;
Grão Pará;
etc., etc..

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