terça-feira, 18 de março de 2008

Vamos lá à diversão, sim que este país é um palco de actores cómicos por excelência.
António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público afirmou disse ontem que o mapa judiciário se assemelha a «um esqueleto sem carne» e criticou a falta de dotação de meios adequados para o funcionamento do sistema de justiça.
Cluny foi mais específico dizendo «parece muito difícil com os elementos contidos na proposta governamental ter uma opinião positiva ou negativa sobre o texto, na medida em que ela se assemelha a um esqueleto sem carne, sem órgãos» e adiantou que uma das questões que preocupa os magistrados «é o facto de este mapa judiciário não ser um verdadeiro mapa judiciário do país, o que significa que o país continuará a ter quatro mapas judiciais distintos e não integrados».
E para terminar em beleza Cluny rematou que discorda das regras de gestão, nomeadamente por os juízes serem objecto de uma avaliação anual por parte do presidente. Segundo ele
«dá ideia perante a opinião pública que o que se procura dizer é que essas entidades não trabalham o suficiente. Os magistrados públicos e os funcionários já são avaliados de três em três anos, uma avaliação que determina a sua progressão na carreira» pelo que «centrar a questão de mais ou menos produtividade no trabalho desenvolvido pelos magistrados é escamotear a falta de dotação do novo sistema em meios adequados para eles funcionarem e no fundo escamotear a responsabilidade do poder político para dar resposta aos problemas».
Agora vamos à parte curiosa.
Tudo isto foi proferido ontem, sendo que o mapa judiciário foi apresentado hoje, sendo que Cluny salientou que ainda não conhecia o novo mapa judiciário.
É muita crítica junta vinda de quem não conhece o tal mapa.
Pior do que isso, ouvi o Presidente da Associação de Juízes, António Martins, hoje no Primeiro Jornal da SICe não vislumbrei assim tanta crítica.
Como penso que todos são juízes não seria mau para nós, comuns cidadãos, perceber bem este desfazamento, com penas de ficarmos a pensar noutros motivos e isso seria mau.

Ainda sobre o mapa. O PSD garantiu ontem que não vai colaborar com o Governo em «remendos» do mapa judiciário, embora se diga ainda disponível para tentar um consenso sobre a matéria.
O porta-voz social-democrata para as questões de justiça, Amorim Pereira salientou que o partido continua interessado num consenso alargado sobre esta matéria, mas acrescentou que «Estamos frontalmente contra este mapa judiciário. Não vamos colaborar com o Governo e pôr remendos neste diploma».
Eu até percebo que estejam contra, o que eu não percebo é que nunca tenham dito alto e bom som: a gente não gosta desse e por isso aqui está a nossa alternativa. Mas não, não gostam, mas não têem soluções alternativas.
Sendo assim querem o quê? Beijinhos e abraços!

Estou admirado. Daniel Proença de Carvalho está convicto de que o actual PSD não tem uma liderança forte nem uma estratégia para o país. O advogado admite ainda que nesta altura é dificil que apareça um novo líder para os sociais-democratas, mas diz que, ainda assim, Rui Rio é um nome a considerar pelo partido. Isto é o que se pode inferir do programa Minuto a Minuto no Rádio Clube Português.

Sem comentários:

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