quarta-feira, 19 de março de 2008

Tablóides ingleses pedem desculpa aos McCann por ter publicado notícias onde se insinuava que eles poderiam estar relacionados com a morte da Madelaine, na praia da Luz, no Algarve e compensam com 635 milhões de euros, segundo noticiou o "Sol" (o "Público" falava em 700 mil euros).
Então e a mim ninguém pede desculpa? Eu aceito mesmo só a verba dita pelo "Público".
O Mundo já aborrece de tanto cinzento e preto.

Até dava para rir se não fosse demasiado sério. Cinco dos 14 sindicatos existentes nos CTT decidiram marcar uma greve para hoje e quinta feira.
Primeiro uma greve para quarta e quinta quando sexta é feriado é uma decisão espectacular, para além de ser uma semana em cheio. Com uma constipação pelo meio (o tempo até está propício a isso) ganha-se uma semana de férias, coisa que nesta altura cai que nem ginjas.
Segundo porque são cinco sindicatos a decretá-la, enquanto nove não estão de acordo. Em termos matemáticos é só quase o dobro.
Terceiro, como é que é possível numa empresa de cerca de 15 mil trabalhadores existirem 14 sindicatos? Por onde anda a inteligência desta gente?
Esta problemática fica a dever-se à assinatura do Acordo de Empresa.
Ora esse Acordo garante aos trabalhadores os seus empregos, remunerações e «os benefícios inerentes ao acesso ao Sistema de Saúde dos Correios (IOS)», «respeitando a vida privada e familiar dos trabalhadores», garante a progressão nas carreiras e mantém a carga horária nas 39 horas semanais e prevendo ainda que o número de dirigentes sindicais com dispensa total passe de mais de 100 para 55. E este é o verdadeiro busílis da questão.
Faz algum sentido que os CTT continuem a gastar anualmente 3,4 milhões de euros a pagar a 200 dirigentes sindicais, cem profissionais do sindicato a tempo inteiro e outros cem a tempo parcial.
Face a estes números já percebem o porquê de tanto sindicato?
Claro que não faz sentido nenhum e ainda menos sentido faz para nós enquanto consumidores e pagantes dessa empresa (os Correios são um grupo de capitais públicos) que se faça uma greve que tem como fim último e único preservar a quantidade de dirigentes sindicais pagos pela empresa para o serem.
É assim que o movimento sindical tem cada vez menos credibilidade.

Já por mais que uma vez referi aqui que, em matéria de religião, se o Jesus Cristo que expulsou os vendilhões do templo descesse à terra, por certo que teria que puxar as orelhas ou mesmo expulsar uns quantos que se vangloriam de ser os difusores da sua doutrina por este mundo perdido.
Desta vez o caso passa-se na zona de Leiria que traz à tona um pároco que não celebra missas de 7.º dia porque não há padres, chegando mesmo a referir que "Aqui isto já passou de moda porque não há padres".
Curiosamente esta foi uma prática incentivada pela Igreja, até porque isso se revertia em benefício monetário.
Mas digamos que a existência ou não de missa acaba por não ser o mais importante neste caso. O mais importante é que o referido pároco disse acerca de uma das pessoas que criticou a não existência da missa que "ela é que anda muito preocupada em busca dos bens que os pais lhe deixam" e acrescenta que "está podre de rica e acha que não precisa do pároco para nada porque faz da riqueza o seu Deus".
Palavras para quê?

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