terça-feira, 25 de março de 2008

Chegámos ao limite. É verdade que nunca fui fã de Mário Nogueira, como não sou fã de todo e qualquer sindicalista que faça tirocínios em candidaturas às legislativas ou que tão só desempenhe funções nas listas ou candidaturas políticas. O movimento sindical será sempre avesso ao político. Subjugar o primeiro ao segundo ou mesmo e tão só utilizar o primeiro para ganhar posição para o segundo não é sindicalismo é sim oportunismo.
Mas voltemos ao ponto primordial.
Como é que se pode entender o facto de Nogueira ter ontem desafiado as escolas a seguirem o exemplo dos docentes do agrupamento de Montemor-o-Velho que decidiram suspender o processo de avaliação de desempenho até ao final do ano.
Então agora promove-se a insurreição? Será que o facto de ter sido indeferida mais uma providência cautelar já obriga a este tipo de atitudes?
E os docentes da referida escola vão ficar assim? Desrespeitam-se leis e tudo fica na mesma?
Assim não há educação que resulte.

Eis uma virtude do novo mapa judiciário. Se mais virtudes ele não tivesse, a de criar uma secção especializada em direito da família e menores no Supremo Tribunal de Justiça seria já um acto de elevada importância e que justifica a entrada em vigor do referido mapa.
Não entendo como é que só se puderam apontar defeitos, nomeadamente pelos partidos da oposição, e não haver ninguem capaz de salientar este ponto pela positiva.

E porque estamos na justiça e na oposição, alguém é capaz de explicar o porquê de o PSD não ter aceite a proposta da Lei Orgânica da Polícia Judiciária na especialidade.
Se a votou na generalidade, qual o motivo de ter recuado na especialidade e só aceitar a votação em conjunto com a Lei de Segurança Interna e a Lei de Investigação Criminal.
Será que é de bom senso mater uma polícia tão importante como é a PJ a viver nesta incostância? Com as devidas distâncias, isto faz-me lembrar quando o país vivia de duodécimos por não aprovar o OE.

E para terminar talvez fosse interessante dar ouvidos às palavras de Pinto Monteiro. Mais uma vez Valter Lemos está a leste da realidade.

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