quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

É deveras estranho a situação que se verifica com o programa de transplantes hepáticos pediátricos, único no País, que funciona em Coimbra. O facto de há duas semanas, o cirurgião principal suspender a actividade e o serviço não é nada normal.
Mas o mais grave ainda é se for verdade o que corre nos "mentideros". Diz-se que tudo isto mais não é do que o resultado de muitas divergências entre profissionais de saúde, insuficiência de meios e desacordo quanto à gestão do serviço.
Sendo que aproveitou-se esta problemática para citar também os equipamentos obsoletos e falta de confiança entre alguns elementos da equipa contribuem para o mal-estar, que se agravou com duas mortes no bloco operatório no último ano.
Será que as tricas entre profissionais, que no dizer de alguns são o verdadeiro motivo, se sobrepõem à vida das crianças.
Realmente Correia de Campos tem razão: se Coimbra não tem capacidade para ter um serviço destes então crie-se um no Porto, em Lisboa, em Bragança, em Estremoz,...
O que importa é que se crie, para não termos que estar dependentes de boas vontades.

Alguém me explica o porquê da criação de uma Bandeira para a Assembleia da República? Não é a Bandeira Nacional porquê? O que é que a Assembleia tem que precise de uma Bandeira própria?

De repente o caso da transferência do jogador João Pinto para o Sporting conheceu um volte-face, é que o referido jogador passou ontem de testemunha a arguido.
O que mais me espanta é que os dirigentes do Sporting, de repente, deixaram de cantar de galo, aliás, nem cantam, estão caladinhos.
Ou me engano muito ou isto é muito diferente daquilo que nos "venderam" no início.

Para terminar, não posso deixar de fazer referência ao cartão de Boas Festas que o PSD enviou este ano. E esta referência não tem a ver com o modelo escolhido e muito menos com o autor do poema que aparecia. tem a ver com o poema escolhido.

Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois : somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira

David Mourão-Ferreira nunca imaginou que o seu poema tivesse este préstimo.
Mas não deixa de ser curioso, e isto prova-o sem dúvida, verificar como o PSD não pode viver sem poder, sim que isto é o maior lamento que algum dia já vi.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...