E nós fazemos também. Ontem ouvi o presidente do sindicato dos jogadores de futebol a dizer que poderiam fazer greve caso se mantivesse a situação de 100% no pagamento do IRS.
Vamos lá tentar ver as coisas.
O orçamento do Estado para 2003 aprovou um regime transitório para os futebolistas que previa que o IRS incidiria naquele ano sobre 60% do ordenado, percentagem que viria a ter um agravamento progressivo. Em 2004, foi de 70%; em 2005 sobre 80%; em 2006 sobre 90%; e, este ano, sobre 100%.
É por isso que eu não percebo agora este palavreado do presidente do sindicato Joaquim Evangelista.
Mas não percebo o dirigente sindical da mesma forma que não percebo o presidente da Liga de Clubes. Hermínio Loureiro fez questão de dizer que "o futebol profissional não pode ser insensível às questões de equidade fiscal, mas exige que, atendendo à sua especificidade, sejam encontradas as melhores soluções".
Claro que para este senhor a melhor solução é dar tudo ao futebol e deixar que este continue a proporcionar espectáculos pouco abonatórios em matéria de corrupção, com listas de candidatos a órgãos federativos onde pontuam arguidos, e demais situações.
A ser assim, penso que seja da mais elementar justiça que todo e qualquer trabalhador por conta de outrém, atendendo a que é aquele que tudo paga e não colocando em causa a dita equidade fiscal, possa ver ser-lhe atribuída uma situação de privilégio, sendo que e caso não sejam encontradas as melhores soluções, seja de ponderar a feitura de uma greve.
Para terminar decidi transpor para aqui a entrevista dada pelo ministro do Ensino Superior ao DN.
Talvez fosse interessante que o sr. ministro permanecesse algum tempo nos estabelecimentos de ensino por forma a poder aquilatar o que na verdade se passa.
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