
Em 1998, o Governo angolano devolveu à Igreja católica terrenos que lhe pertenciam antes da independência, em 1975, em resposta a um apelo feito pelo Papa João Paulo II, quando visitou Angola em 1992.
Entre as devolvidas encontram-se as terras do bairro de Wenji Maka, em Luanda, sendo que a Igreja angolana já tem tudo preparado para aí construir um santuário.
Até aqui nada há de preocupante.
A preocupação reside no facto de que para a Igreja erigir o seu santuário é necessário que o governo expulse cerca de 2.000 famílias que ocupam aquelas terras, algumas há anos e outras mesmo há decénios.
Claro que a Igreja, pela voz do arcebispo de Luanda, D. Damião Franklin, já lavou as mãos tal como Pilatos fez no julgamento de Jesus Cristo. Disse o referido prelado que "ao reclamar o direito sobre as terras, a Igreja pediu ao Governo que garantisse terras em outras áreas para os indivíduos afectados".

Ao que parece foram dois milhões os desdobráveis colocados pelas caixas do correio de todo o país.
Na capa faz-se referência às aparições de Fátima sem que algo informe que o referido panfleto faz apelo contra a interrupção voluntária da gravidez.
E se a primeira página é absurda, a última não o é menos. Aí apela-se, em três pontos, à participação na campanha pela vida e solicita-se uma doação no valor de dez euros em troca de um livro e um terço.
Para agravar a questão a referida associação não faz parte de nenhum movimento na campanha para o referendo.
Espero que a Comissão Nacional de Eleições não deixe passar em claro esta forma de publicidade comercial.
A imagem foi retirada da SIC.
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