segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Perderam a lucidez. A Igreja, pelo menos alguns dos seu elementos, sendo que alguns com peso na instituição perderam completamente a lucidez e, direi mesmo, alguma compostura face à problemática do aborto.
Já aqui referi a actuação do próprio cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que no ano passado referiu que o aborto não era um problema religioso e que não iria haver campanha nos altares e mentiu (o que não fica bem aos olhos de Deus).
Este ano o aborto passou a ser um problema religioso com direito a intervenções do próprio cardeal-patriarca de Lisboa (artigos todas as semanas num jornal da Igreja) e de alguns bispos (algumas denotando uma pobreza de espírito verdadeiramente confrangedora).
Já não bastou a intervenção na homilia do dia 13 em Fátima, feita pelo bispo de Leiria-Fátima, veio agora o bispo da diocese de Bragança-Miranda dizer: "toda a gente ficou horrorizada com a execução de Saddam. A questão do aborto é uma variante da pena de morte".
Mais. Tudo isto não era caricato se não existisse na página do patriarcado de Lisboa na Internet, uma nota de D. José Policarpo uma nora que reza assim: "A celebração litúrgica não pode ser lugar de campanha(referendo ao aborto), rebatendo argumentos contrários, analisando vertentes políticas e sociológicas do problema" sedo que a missa "é o momento para escutar apenas a Palavra de Deus e a palavra da Igreja".
Em face disto devo dizer que ou alguns dos elementos da Igreja são surdos, ou então estão a borrifar-se para as palavras do cardeal-patriarca.
A não ser nenhuma destas, então o caso é mais grave, porquanto estamos perante uma campanha orquestrada em que pela frente se diz uma coisa, mas por detrás vale tudo e mais alguma coisa e isto não se coaduna de forma alguma com os ditames da Igreja Católica, mas a Igreja de Paulo, João, Pedro e demais Apóstolos, não a Igreja que se calou perante a morte de João Paulo I, não a Igreja que protegeu Paul Marcinkus e que fomenta e alimenta algumas sociedades secretas.

Ai que o desespero é grande. Leiam aqui e vejam se eu tenho ou não razão.

Tá tudo louco. A lista dos 100 maiores portugueses de sempre, tecida pela RTP1, dá-se ao luxo de albergar dois nomes que deixam pasmo o mais incrédulo dos cidadãos. Refiro-me a um actor da série "Morangos com acúcar", de seu nome Hélio Pestana e a ex-ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra.
O primeiro deve ter sido por trabalhar numa série que não é má, é péssima e a segunda deve ter sido pelas TLEBS.
Sendo assim, gostaria de aqui deixar expresso o meu protesto por não ver também na lista nomes como: o Pato Donaltim ou o macaco Adriano.


Acabou. Após ter deixado as bancas em 1977 "O Século" foi extinto por um despacho publicado no dia 11 deste mês em Diário da República (e datado de Novembro de 2006). É a morte consumada de um diário que apareceu 8 de Junho de 1880 e desapareceu (por não ter viabilidade económica) a 12 de Fevereiro de 1977.
Foram quase cem anos de história que terminaram definitivamente com a assinatura dos ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares, Teixeira dos Santos e Augusto Santos Silva.

Sem comentários:

Enviar um comentário

o presidente do INEM foi ontem ao Parlamento e disse, entre outras coisas que não se demite e que tem todas as condições para continuar no c...