domingo, 7 de janeiro de 2007

O director do semanário “Sol” é uma figura ímpar da sociedade portuguesa e nomeadamente do panorama jornalístico nacional. Quase me apetece dizer – embora tenha consciência de que é um pouco forte – que ao lado dele Marcelo Rebelo de Sousa é um simples aprendiz, isto se olharmos para o lado maquiavélico e manipulador da coisa.
José António Saraiva tem predilecção por cometer “assassínios”, sendo que aproveita as páginas dos jornais e os livros (menos os romances) que escreve para o fazer.
Esta semana o tiro foi direitinho para Maria José Morgado.
Bem sei que estamos demasiado confiantes nos resultados que esta procuradora irá apresentar. Bem sei que as teias que alguns dos elementos que vivem do e no mundo futebolístico, são demasiado emaranhadas. Mas daí a dar já o tirinho, vai uma distância grande.
Por outro lado e pessoalmente já estava à espera de um editorial destes.
Não sei se se recordam, mas o “Sol” publicou em duas edições seguidas a história do presidente do FCP. O porquê não sei. O que eu sei é que mais ninguém teve direito a igual tratamento.
Após as transcrições que a imprensa publicou sobre Pinto da Costa e o “Apito Dourado”, quase se pode dizer que aquele trabalho jornalístico caiu como sopa no mel. Maior brancura nem com os glutões do Presto.
José António Saraiva arroga-se numa espécie de deus que tudo sabe, tudo quer e tudo pode. A história que ele próprio conta dos ovos mexidos na residência do primeiro-ministro, na altura António Guterres, são prova disso mesmo.
Se a isto juntarmos a sua saída do “Expresso” (se tivesse ficado à frente do jornal o nome por ele escolhido e desejado, teria Saraiva fundado o “Sol”?), quase podemos dizer que paira à sua volta uma aura de narcisismo petulante.
Talvez seja altura de não ser tão lesto a sacar do revólver, é que quem muito dispara pouco acerta.

E por falar em “Sol”. Este jornal noticiava esta semana que, e passo a citar: “Troca. O primeiro dia de 2007 assinalou o fim da emissão da SIC Comédia (onde reveremos agora Benny Hill; Allo, Allo; Seinfeld ou Mash?) na TV Cabo que passou a emitir a Al Jazeera”
Falhanço rotundo. Não acabou a SIC Comédia para entrar a Al Jazeera. O que se passa é que entraram dois novos canais: o Al Jazeera em inglês e o France 24, sendo que nenhum deles ficou no canal 10 (onde estava a SIC Comédia), mas sim no 77 e 78 respectivamente.
E já agora para ver o Seinfeld, este pelo menos, basta estar atento à SIC Mulher.

A hipocrisia é uma coisa lixada. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos acaba de fazer um comunicado onde solicita ao Governo que mantenha em funções o Director-Geral dos Impostos, Paulo Macedo. E diz mesmo que o ordenado não deve ser motivo para a saída e que nunca houve ninguém que recuperasse tantos impostos como ele.
Vão longe os tempos em que o Sindicato se mostrava contra esta contratação (Manuela Ferreira Leite deve rir-se a bandeiras despregadas), dizendo que o ordenado representava uma vergonha.
Claro que hoje tem opinião contrária, só é pena é que não diga a verdadeira razão de apoio ao Director-Geral e ela é tão simples: caso vocês não saibam os trabalhadores dos impostos recebem trimestralmente um prémio de produtividade que é calculado com base na cobrança de impostos que foi feita.
Percebe-se que apoiem Paulo Macedo. Imaginem que o senhor que se segue não é tão vigoroso na cobrança de impostos!
Lá vai o prémio...E a propósito a função dos trabalhadores dos impostos não é cobrar impostos? Não é para isso que recebem o respectivo salário? Então porquê o prémio?

Sem comentários:

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