quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Já anteriormente falei desta matéria - o atropelamento de peões - e das duas vezes que o fiz disse que era importante não crucificar somente os automobilistas e que muitos dos peões deviam receber lições sobre o comportamento a adoptar enquanto peões (passadeiras, sinais vermelhos, etc. e etc.). Pensei eu, aliás, que o assunto ficava por essas duas notas e ponto final.
Enganei-me profundamente.
Ao ler a comunicação social de hoje vi um artigo(a temática do artigo está presente em todos os jornais) que me obriga a regressar ao tema.
O director-geral de Viação, Rogério Pinheiro, revelou ontem que cerca de 30 por cento dos peões atropelados mortalmente durante o ano de 2006 estavam alcoolizados, sendo que, e segundo a DGV, foram 117 os peões mortos durante os 11 primeiros meses de 2006.
Ora eu quando referi que os peões deveriam receber lições de comportamento nem sequer fiz referência à "disciplina" do alcoolismo que afinal é daquelas em que muita gente "chumba".
Se a esta percentagem adicionarmos a dos que atravessam fora das passadeiras, mais a que provêm daqueles que nem esperam pelo sinal para atravessar ou o desrespeitam chegaremos à conclusão de que a percentagem dos que são culpa dos automobilistas não é assim tão grande.
Como é evidente não me estou a vangloriar por existirem estes números, o que eu pretendo é chamar a atenção para aqueles que olham para os automobilistas como os únicos culpados.

Nasceu hoje a "Obscena". O primeiro número da revista "Obscena", projecto independente dedicado às artes performativas, está disponível a partir de hoje na internet.
Tiago Bartolomeu Costa, editor da revista, revela que a "Obscena" (o nome deriva do grego "observar a cena") deseja "contribuir para a promoção do diálogo e da discussão sobre as várias disciplinas artísticas nas suas diferentes fases".
Tem periodicidade mensal e estará apenas acessível para download em formato pdf no site www.revistaobscena.com. Neste primeiro número podemos um espaço dedicado à dramaturga Regina Guimarães e um dossier sobre a realidade cultural do Irão para além de outros assuntos ao longo das suas 100 páginas da revista .

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