terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Não sei porquê mas tinha uma ligeira desconfiança de que o contrato entre Lá Féria e a Câmara do Porto era vantajosa para o encenador.
Tive agora conhecimento que a autarquia responsabiliza-se por todas as despesas de manutenção estrutural do edifício, pela reposição de equipamentos técnicos e pelos gastos dos consumos de água, electricidade e combustíveis de climatização e que em matéria de não renovação do protocolo o encenador sai a ganhar e isto porque, por exemplo, se estiver em palco um espectáculo estreado há menos de 180 dias, o município vê-se obrigado a indemnizar o encenador por todos os prejuízos da não renovação, "que desde já se fixam no valor correspondente aos três maiores meses de receita média, dos seis meses imediatamente antecedentes da comunicação da intenção de não renovação".
Que grande negócio que o Lá Féria fez!
Só gostaria que me explicassem o porquê de autarquia e produtor se obrigarem a manter com carácter de confidencialidade todos os documentos, com ressalva para as revelações impostas por obrigação legal e gostaria ainda que anualmente Rui Rio mostrasse as contas do que o município gastou no Rivoli.

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