E aqui, a culpa também é do novo Código Penal? Porque é que eu tenho que estar sujeito a penalizações cada vez mais fortes, quer monetárias, quer de circulação, se nunca causei problemas, e estes tipos passam incólumes e se possível ao colo.
Se a justiça é cega, levem-na à Multiópticas e depressa.
São um espectáculo estes artistas. A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) quer que a perda de capacidades do trabalhador reflectida numa redução de produtividade seja justa causa para o despedimento.
Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP, declarou que “um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”. A juntar a isto a CIP também quer que a “renovação” do quadro de pessoal sem redução do número de postos de trabalho, seja consagrada como justa causa para o despedimento, que os montantes de indemnizações e compensações previstos para a cessação do contrato de trabalho sejam diminuídos, e ainda mais algumas coisas.
Perante isto, talvez devam os trabalhadores ter direito a despedir os empregadores que recusam aumentar os funcionários devido à crise, mas não se coibem de comprar grandes bombas para os administradores e directores; deviam poder despedir os directores que só o são porque são familiares dos donos ou administradores, já que na medida do seu saber valem zero; deviam poder despedir os administradores e donos que não sabem gerir e que só visam o lucro no imediato esquecendo o futuro; deviam poder despedir todos quantos não têm formação que lhes permita ser dirigentes de pessoas; deviam poder despedir todos os que olham para os trabalhadores não como parte integrante de uma empresa, mas tão-só como escravos.
Muito mais haveria a salientar e que seria justa causa para despedir o patronato, mas fiquemos por aqui.
Entretanto para quem tenha interesse aqui fica o Livro Branco das Relações Laborais.
Medo de quê? Ao que parece várias dezenas de titulares de cargos políticos solicitaram nos últimos anos ao Tribunal Constitucional que o conteúdo das suas declarações de rendimentos fossem ocultadas da opinião pública.
Têm alguma coisa a esconder?
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