Ontem falei da Madeira e hoje sou obrigado a falar novamente. O deputado do PSD-M, Gabriel Drumond, questionou até quando os madeirenses vão ter paciência para «aturar» o governo de Portugal que «está a tirar o pão ao povo da Madeira» e «aturar os senhores que governam Portugal».
Pois bem, não me levem a mal, mas perante isto não posso deixar de vos dar a conhecer que Alberto João Jardim inaugurou ontem o Nó das Quebradas.
Ora esta obra é nada mais nada menos que a nova ligação viária entre o Nó das Quebradas e a Estrada Monumental, perto dos Socorridos, é uma obra do Governo Regional e foi adjudicada por 11,3 milhões de euros. Compreende duas fases. A primeira, ontem inaugurada, tem 1.200 metros de via e uma rotunda, aonde irão confluir o novo troço da E.R., a Estrada Monumental e o Caminho da Lombada. Como tem troços com inclinação acentuada e estar previsto ser usada por veículos pesados, foi criada, no sentido ascendente, uma via suplementar para veículos lentos. A segunda fase começa a ser feita em Março e inclui a construção de 190 metros da Estrada Regional 229 (Estrada Monumental), aperfeiçoando e alargando a actual estrada da zona das Quebradas, e uma rotunda, que facilitará a circulação rodoviária do cruzamento actualmente existente.
Se lerem irão verificar que estamos a falar de 1.390 metros e uma rotunda. 11,3 milhões de euros.
Estamos conversados.
Lembram-se daquela senhora que dizem ter sido afastada do Museu de Arte Antiga pela ex-ministra e que tanta polémica causou.
Reparem bem no curriculum de Dalila Rodrigues:
Doutorada em História da Arte pela Universidade de Coimbra, Dalila Rodrigues ocupado as direcções do Museu Grão Vasco, entre 2001 e 2004, e do Museu Nacional de Arte Antiga, entre 2004 e 2007.
Até à data, exerceu funções de Professora Coordenadora de História da Arte no Instituto Politécnico de Viseu e de Professora Convidada do ISCTE.
Especializada em História da Pintura Portuguesa, desenvolveu diversos projectos de investigação no país e no estrangeiro, designadamente com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da qual foi bolseira para doutoramento.
Foi professora convidada da Universidade Portucalense (2002-2003) e da Universidade Católica, Porto (2006-2007), no âmbito de cursos de mestrado e doutoramento.
Organizou, comissariou e produziu diversas exposições de arte antiga e contemporânea, designadamente no âmbito de Salamanca 2002, Capital Europeia da Cultura, ou com a colaboração do Museu de Serralves.
É curriculum de gabarito, só não sei é se o podemos aceitar para as novas funções: a nova responsável pela Direcção de Comunicação, Marketing e Desenvolvimento Fundação Casa da Música da Casa da Música.
Tenham lá paciência e decoro.
Marinho Pinto vai ser alvo de um processo disciplinar na Ordem dos Advogados interposto pelo responsável da distrital da Ordem em Lisboa, Carlos Pinto de Abreu. Em causa está o facto de o bastonário ter feito declarações públicas sobre o funcionamento da justiça em Portugal sem ter pedido autorização à Ordem.
Claro que eu compreendo que não sejam declarações que caiam no goto de muitos, mas não sei se esta é a melhor forma de atacarem a questão.
Ontem na TSF a incidência foi sobre a assinatura de contratos de saneamento financeiro com as universidades.
Curiosamente ouvi que nomeadamente a do Algarve estava a pensar não renovar o contrato com docentes e a de Évora ia encerrar cursos.
Não é por nada, mas seria indispensável que um dia se fizesse a história de toda esta problemática, mas uma história sem tendências, uma história que mostrasse como muitos docentes foram contratados, como muitos cursos foram criados, como é que muito pessoal não docente foi contratado, etc. e etc.
Quando isso acontecer, estou convicto que muitos dos que hoje falam alto, passam a falar baixinho.
Pedro Tadeu escreveu hoje Calemo-nos na pág. do 24horas. Sem fugir à temática e percebendo o texto, gostaria de só fazer uma referência: a questão do sindicalista ocorreu em Janeiro de 2005, sendo que o Governo de Sócrates, decorre de eleições ocorridas em 20 de Fevereiro de 2005.
Mas que fique bem claro que percebo onde Tadeu quer chegar.
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