quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

É a loucura geral ou a tentativa de fazer de nós parvos? O presidente da Associação de Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) garante que o preço do pão tem de subir. Mas não é uma subida qualquer. O senhor presidente diz que actualmente, o pão de 40 gramas custa em média entre os 10 e os 12 cêntimos e que para a industria não colapsar este preço terá de ser ascender aos 15 cêntimos.
O mesmo senhor explicou que «as empresas não conseguem esmagar mais margens, as margens não têm espaço para aguentar mais subidas da matéria-prima. Qualquer subida ou é repassada ao consumidor ou corremos o risco de fechar».
Quer isto dizer que os anteriores aumentos serviram somente para o bolso dos industriais, uma vez que só agora é que não aguentam.
Mas mais, Carlos Santos, o referido presidente diz que as culpas por esta situação vão direitinhas ao Governo. Os motivos: «Um excesso de legislação nos últimos anos para fazer em poucos anos o que devia ser feito ao longo de 20. Uma falta de trabalho dos políticos portugueses em Bruxelas para salvaguardar a especificidade em matéria de legislação no componente dos equipamentos industriais do nosso sector».
Não digo que os Governos estejam isentos de culpas. Mas o que eu também acho é que estes senhores não quiseram investir em matéria-prima portuguesa.
Alguém alguma vez ouviu que estes industriais tinham negociado com os agricultores portugueses no sentido de lhe comprar a produção dos cereais? Não que o cereal nacional era mais caro.
Pois agora aí têm o resultado do desprezo a que votaram os outros.

Se as birras entre Ministério Público e poder judicial dão nisto, quem é que nos acode?

O presidente do Conselho de Administração da Sonae criticou os bancos por aumentarem o preço do dinheiro com o objectivo de garantiremos seus lucros.“É o mesmo que o Estado faz quando não tem dinheiro e sobe impostos”, disse Belmiro de Azevedo, adiantando que “estão a prejudicar os clientes”.
O empresário, que falava à margem do I Encontro PME organizado pela Associação Empresarial para a Inovação, disse ainda que “é preocupante a atitude dos bancos” e sublinhou que a máxima “Se os custos sobem os lucros têm que subir, é um raciocínio perigoso e estatal”.
Camões disse um dia "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" e estava coberto de razão já naquele longínquo tempo.
Quem não conheça Belmiro pensará estar perante um discurso do presidente boliviano Evo Morales.
Nisto tudo só me assalta uma dúvida: este Belmiro de Azevedo não foi o mesmo que substituiu Afonso Pinto de Magalhães (Belmiro 'vs' Pinto Magalhães DN 11-8-2007) e não é o mesmo que fundou o Banco Universo.
Se é, e eu si que é, estamos conversados.

Ao que parece a luz, a água e o gás vão passar a ser cobrados todos os meses. Sobre isto gostaria de dizer que estou farto de ser cobaia.
Eles é que passaram para dois meses, não foram os consumidores, e mais fizeram-no à nossa revelia. E ao que parece vão mudar novamente e também à nossa revelia.
Só espero que isto não esteja directamente relacionado com o fim do pagamento dos alugueres dos contadores a partir de 26 de Maio, estabelecido pela Lei 12/2008.
É que este mesmo diploma permite que haja uma componente fixa na factura para a remunerar o serviço.
Se era para dar com uma mão e tirar com a outra valia mais que estivessem a dormir.

Sem comentários:

Enviar um comentário

o presidente do INEM foi ontem ao Parlamento e disse, entre outras coisas que não se demite e que tem todas as condições para continuar no c...