Em horas extras deve ter sido uma pipa de massa. Segundo o "Público" o actual deputado do CDS-PP Telmo Correia assinou cerca de três centenas de despachos como ministro do Turismo na madrugada do dia em que o novo executivo, liderado por José Sócrates, foi empossado no Palácio da Ajuda. Apesar de estar em gestão corrente, o ex-ministro do Governo de Santana Lopes fez uma verdadeira maratona que quase não lhe deu tempo para se inteirar do que estava a assinar à pressa, após ter passado mais de uma dezena de dias sem ir ao Ministério do Turismo.
A ser verdade esta notícia implica uma dupla condenação. A primeira é porque se era um governo em gestão corrente não deveria ter este afâ legislativo, a segunda porque esteve mais de uma dezena de dias sem ir ao gabinete.
São duas acções que eticamente merecem total reprovação, embora eu perceba a última. Ele esteve vários dias sem ir ao gabinete porque esteve a ajudar o chefe a fotocopiar os doicumentos pessoais.
As coisas que acontecem. Então não é que António Preto, deputado do PSD cujo nome apareceu associado a um processo de corrupção em 2003 no Centro de Exames da Tábua e que foi apanhado numa escuta policial em que recebia uma mala de dinheiro de um empresário da Amadora, Sobral de Sousa, será o relator do novo projecto de transposição da Directiva europeia de combate ao branqueamento de capitais e utilização do sistema financeiro para o financiamento do terrorismo.
É importante saber como é que Carvalho da Silva recebe o beneplácito de novo mandato à frente da CGTP por parte do PC.
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