quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Está aí a guerra do leite. Este produto essencial tem estado esgotado vários dias seguidos, principalmente o distribuído pela Lactogal, nas últimas duas semanas em praticamente todas as grandes superfícies portuguesas. Ora tal facto só tem um significado:aumento de preços a curto prazo.
Para quê abastecer as prateleiras com a quantidade normal do produto se, daqui a duas semanas, pode vender a mais dez cêntimos o litro, o que se irá traduzir em ganhos de muitos milhões num abrir e fechar de olhos.
Mas este é um problema sério para toda a população portuguesa e em especial para a de menor recursos e com uma prole mais numerosa.
Eu percebo que não será fácil manter animais leiteiros. Também sei a dificuldade que é agilizar e certificar as explorações. Igualmente reconheço que a questão dos preços à produção sempre foi um "calcanhar de Aquiles".
Só que reconhecendo tudo isto, igualmente verifico que os produtores abandonaram o seu associativismo em detrimento dos grandes grupos, logo perdendo capacidade reivindicativa. Igualmente as guerrilhas dentro da CEE com a história das quotas foi problemática para nós.
Mas a verdade deste problema não são só as alíneas anteriores e creio mesmo que não sejam elas as primordiais. A grande questão passa pela real diminuição do efectivo pecuário e dos produtores que, cada vez mais, trocam as pastagem pela produção de cereais destinados a biocombustíveis.
Resta saber até quando aguentam os nossos terrenos com uma cultura verdadeiramente intensiva e pejada de químicos. Não creio que aguentem muito.
E depois dizem que o nosso mercado alimentar foi invadido por produção espanhola.

Não resisto a deixar aqui a conversa mantida entre emergência e uma corporação de bombeiros. Por muito respeito que tenha pelos bombeiros, e tenho, não posso deixar de classificar esta conversa como patética e digna de figurar nos anais mundiais do humor.

Afinal a liderança do PSD não é bicéfala, é tricéfala: para alé de Santana Lopes e Luiz Filipe Menezes há também a Cunha Vaz & Associados, embora Santana não esteja muito pelos ajustes.

O CDS-PP vai propor a realização de um inquérito parlamentar para averiguar as responsabilidades por falhas na supervisão bancária do Banco de Portugal às alegadas irregularidades no BCP, desafiando os outros grupos parlamentares a aprovarem a iniciativa.
Este é o texto que se podia ler na página do CDS/PP.
Por certo que não estarei muito longe da verdade se disser que o texto original era:
O CDS-PP vai propor a realização de um inquérito parlamentar ao Dr. Vítor Constâncio, presidente do Banco de Portugal para averiguar as responsabilidades por falhas na supervisão bancária às eventuais irregularidades do BCP e gostaríamos que outros partidos nos acompanhem, já que importa vingar o que ele fez ao nosso companheiro Bagão Félix e ao nosso amigo Santana Lopes.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que o Governo pretende lançar um programa para reduzir gradualmente o tempo que leva a pagar aos seus fornecedores.
Ora aqui está uma medida importantíssima e que traz benefícios para todos.
Para os fornecedores é óptimo porque realizam as verbas mais rapidamente, podendo realizar investimentos, movimentarem as suas empresas e liquidarem as suas dívidas.
Para o Estado é ouro sobre azul.
Primeiro porque dignifica o estado como pessoa de bem, segundo porque os produtos vão sair mais baratos, já que deixa de haver justificação para os fornecedores colocarem percentagens relativas ao tempo que estão à espera do pagamento.

Sem comentários:

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