Tá maluco coitado. Um americano que diz chamar-se Kennet Alan Turing, mas apresenta um passaporte com o nome de Daniel Bates Jeffee. Garante que nasceu em Nova Iorque mas na identificação consta Los Angeles, Califórnia, deve ter pifado da cabecinha.
Então o homem não solicitou asilo político a Portugal? Curiosamente ou talvez não o pedido foi rejeitado.
Afirma que foi requisitado pela CIA à NSA, treinado e enviado para o Curdistão para tentar apurar por que razão o Echelon não conseguira captar as transmissões militares do Iraque que revelariam a preparação da invasão do vizinho Kuwait. Tinha igualmente por missão colaborar no apoio a uma insurreição curda para derrubar o ditador iraquiano Saddam Hussein.
No início de 1993, tem conhecimento de uma equipa especial das forças especiais Delta estava no Curdistão para o capturar e inicia uma fuga de aldeia em aldeia até vir a ser capturado pelos seus compatriotas. Conta que foi sedado e sujeito a sevícias durante os interrogatórios, nos quais era confrontado com a acusação de se ter tornado um agente duplo. Conta que as sessões prosseguiram quando localizou o primeiro sítio dos vários por onde passara: a base de Guantanamo, em Cuba.
Mais tarde seria levado para outras prisões no território dos EUA e acabaria libertado enviado de regresso a Los Álamos, a sede da NSA, no estado do Novo México, em meados de 1995.
Daqui conseguiu libertar-se porque conseguiu chantagear o então director da CIA, George Tenant, com informações que recolhera sobre o seu relacionamento com George Bush, o pai do actual presidente e antigo director daquela «secreta».
É um excelente argumento, só é pena ter tanta acção, o que afasta de imediato Manuel de Oliveira da realização.
É assim que resolvem?! O cardeal Hummes, que no Vaticano lidera o gabinete de supervisão dos padres de todo o mundo, ordenou, numa carta enviada aos bispos de todo o mundo, a promoção de missas especiais para rezar pelas vítimas de abuso sexual por padres.
Isto é para levar a sério ou é para rir?
E agora?! Faleceu ontem o escritor e crítico literário Luiz Pacheco, de 82 anos
Nasceu em Lisboa a 7 de Maio de 1925, Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco desde cedo manifestou talento para a escrita, tendo frequentado o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, mas acabou por desistir devido a dificuldades financeiras.
Foi admitido em 1946 como agente fiscal da Inspecção de Espectáculos, de onde um dia se demitiu dizendo que estava farto do emprego.
Luiz Pacheco publicou dezenas de artigos em vários jornais e revistas, incluindo o antigo Diário Popular e a Seara Nova, e acabou por fundar a editora Contraponto em 1950, onde publicou obras de escritores como Raul Leal, Mário Cesariny, Natália Correia, António Maria Lisboa, Herberto Hélder e Vergílio Ferreira.
Dedicou-se também à crítica literária e cultural, ganhando fama como crítico irreverente, que denunciava a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime do Estado Novo. Com uma vida atribulada, por vezes sem meios de subsistência para sustentar a família, Luiz Pacheco chegou a viver situações de miséria que ia ultrapassando à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues.
Nos últimos anos Luiz Pacheco viveu num lar em Lisboa, de onde se tinha mudado há alguns meses para casa de um filho e, posteriormente, para um lar no Montijo.
Nada voltará a ser como dantes.
A sua obra é vasta
História antiga e conhecida in Bloco (vários autores). Reeditado em Crítica de circunstância e em 2002 com o nome "Os doutores, a salvação e o menino Jesus" (1946)
Caca, cuspo & Ramela (1958?)(com Natália Correia e Manuel de Lima)
Carta-Sincera a José Gomes Ferreira (1958)
O Teodolito (1962)
Surrealismo/Abjeccionismo (antol.org: Mário Cesariny, c/versão abreviada d'O Teodolito (1963) Comunidade (1964)
Crítica de Circunstância (1966)
Textos Locais (1967)
O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor (1970; 1992)
Exercícios de Estilo (1971)
Literatura Comestível (1972)
Pacheco versus Cesariny (1974)
Carta a Gonelha (1977)
Textos de Circunstância (1977)
Textos Malditos (1977)
Textos de Guerrilha 1 (1979)
Textos de Guerrilha 2 (1981)
Textos do Barro (1984)
O Caso das Criancinhas Desaparecidas (1986)
Textos Sadinos (1991)
O Uivo do Coiote (1992)
Carta a Fátima (1992)
Memorando, Mirabolando (1995)
Cartas na Mesa (1996)
Prazo de Validade (1998)
Isto de estar vivo (2000)
Uma Admirável Droga (2001)
Os doutores, a salvação e o menino Jesus - Conto de Natal (2002)
Mano Forte (2002)
Raio de Luar (2003)
Figuras, Figurantes e Figurões (2004)
Diário Remendado 1971-1975 (2005)
Cartas ao Léu (2005)
Alguns links de consulta obrigatória:
http://www.triplov.com/luiz_pacheco/
http://bibliomanias.no.sapo.pt/comunidade.htm
http://esplanar.blogspot.com/2005/05/luiz-pacheco.html
http://ofuncionariocansado.blogspot.com/2007/08/luiz-pacheco.html
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=237508&idselect=19&idCanal=19&p=22
http://luizpacheco.no.sapo.pt/default.htm
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