segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Se alguém tinha dúvidas sobre o problema levantado pelo PSD à lista de Santos Ferreira para o BCP, Marcelo Rebelo de Sousa dissipou-as ontem na RPT. O problema não é a troca quarto-mundista de administradores entre bancos fortemente alardeada por Menezes, o problema tem um rosto e tem um nome: Armando Vara.
Marcelo disse que não reconhecia a Armando Vara competência para ocupar um cargo como banqueiro. Curiosamente eu julgava que Vara era candidato ao conselho de administração do BCP e não a dono. Mas se Marcelo diz que é a dono (banqueiro) é porque é verdade, já que ele sabe sempre tudo.
Acrescento que estou à vontade para falar sobre esta matéria porque fui um dos que coloquei reticências sobre a ida de Vara para a administração da Caixa.
Mas este episódio traz-me à memória outros dois de que ninguém fala, mas que são deveras importantes e elucidativos.
Primeiro, não sei se estão recordados da nomeação do ex-presidente da Câmara Municipal do Porto Fernando Gomes para a administração da GALP, foi um terramoto.
Job, boy, nomeação política, tacho, tudo adjectivos deveras cordatos.
Pelo que se sabe Gomes tem feito um excelente lugar, de tal forma que manteve o cargo, mesmo após Amorim ter ficado dono e senhor da GALP.
Segundo, estou errado ou um dos grandes nomes do PSD também já foi banqueiro (pelo menos seguindo a regra de Marcelo), sendo que não sei se porventura tem ou tinha qualquer qualificação para o lugar. Refiro-me a Dias Loureiro e ao BPN (Banco Português de Negócios).
Curiosamente ou não, apareceu agora a notícia de grandes débitos à CGD por parte de dois dos grandes accionistas do BCP, facto que pelo menos um deles já desmentiu publicamente.
Só espero que esta guerra a que o PSD deu início não seja a gota que faltava para transbordar o copo da destruição, ou que esta guerra e a entrada de Cadilhe não sejam um favor ao BPI para a fusão.
Aguardemos, mas uma coisa é certa, seja de que forma for e com as coisas neste ponto, quem sairá a perder no dia 15 será sempre o BCP e os seus accionistas, em especial os micro-accionistas.
Ainda sobre o BPN, deixo-vos um texto e a hiperligação para se quiserem ler mais:
Oliveira e Costa, Presidente do BPN
Os bancos não têm ideologias, mas sempre quiseram cultivar relacionamentos frutuosos junto do poder político. Diz-se do BPN que é o banco do PSD e um dos financiadores-chave do partido. Joaquim Coimbra, accionista de referência do BPN, e dono da Labesfal, é um notável do PSD. Oliveira e Costa, presidente do banco, foi ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva. Dias Loureiro, vice-presidente do BPN e apoiante de Santana Lopes, traz um portefólio de conhecimentos do mundo dos negócios e tem tido a incumbência de fazer alguns dos convites para o Governo. O banco não poderia estar mais próximo do novo executivo.
Mas claro que só os outros é que são maus, incompetentes. Marcelo tem de falar desses tempos.

Julgavam que eu estava a brincar quando à dias disse que Menezes deve estar preparado para tudo (Se ontem era estranho, hoje... nem sei?! )? Eu estava a falar muito a sério. Têm dúvidas? Então atentem no repasto promovido por Durão Barroso.
Andem, digam lá que eu é que sou carrasco.
Mas não fiquemos por aqui.
Pacheco Pereira sempre que pode faz a sua perninha e aqui não foi uma perninha, foram as duas. Aliás foi de tal forma, que Santana lá teve que vir a terreiro com o adamastorzinho.
Aquilo não é um partido, é uma manta de retalhos que não cobre ninguém, nem a eles próprios.

Ainda sobre Luiz Pacheco.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...